Acessibilidade / Reportar erro

COUROUPITA GUIANENSIS AUBL. , CASTANHA-DE-MACACO, UMA ARVORE PARA PAISAGISMO EM GERAL

COUROUPITA GUIANENSIS AUBL., MONKEY CHESTNUT

RESUMO

Apresenta característica quanto a árvore, madeira, zona de ocorrência, emprego e reconhecimento dendrológico da família da castanha-de-macaco Couroupita guianensis Aubl.- Lecythidaceae.

Palavras chaves:
Castanha de macaco; Couroupita guianensis Aubl.

ABSTRACT

This article presents some tree, wood, ocurrence, uses and dendrological characteristic of Couroupita guianensis Aubl. - Lecythidaceae.

Key words:
Couroupita guianensis Aubl.; Monkey chestnut.

Familia: Lecythidaceae

Nomes Vulgares: castanha-de-macaco, abricó-de-macaco, cuia-de-macaco, macacarecuia, amêndoa-dos-andes (português), bala-de-cañón, coco-de-mono, granadino, cuirana, moke (espanhol), cannon-ball-tree (G. Inglesa), arbre-à-bombes, boulet-de-canon, abricot-de-singe (francês), boesi, kalabasi, bosch-kalabas, koppe-jewadaballi, boskelebas (alemão e holandês).

Reconhecimento Dendrológico da Família: folhas simples, alternas ou espiraladas, geralmente aglomeradas na ponta dos ramos, sem estípulas, os pixídios comuns nesta familia são o que ajudam a reconhecer a família.

Árvore: Altura de 8-15 m., com tronco de 30-50 cm. de diámetro (Lorenzi, 1992LORENZI, H. Árvores brasileiras. Nova Odessa, Plantarum, p.137, 1992.), a árvore alcança 25 m. de altura (Rizzini & Mors, 1995RIZZINI, C. T. & MORS, W. B. Botânica econômica brasileira. 2ª ed. Rio de Janeiro, Âmbito Cultural, p.191, 1995.); chegando a alcancar 20 m. de altura e até 65 cm. de diâmetro (Rodrigues, 1989RODRIGUES, R. M. A flora da Amazônia. Belém, CEJUP, p.64-65, 1989.); árvore cauliflora muito alta com volumoso fuste fusiforme, de esgalhamento distinto e emaranhado (Loureiro & Silva, 1968LOUREIRO, A. A. & SILVA, M. F. da. Catalogo das madeiras da amazônia. Belém, INPA, v.1, p.297-300, 1968.; Vianna et al, 1988VIANNA, M. C. et al. Arboreto carioca nº4. Edição fac-similada 1988. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, p.116-117, 1988.).

Zona de Ocorrênía: Originária da Amazônia, onde ocorre no igapó e varzea, e Guiana (Loureiro & Silva, 1968; Rodrigues, 1989RODRIGUES, R. M. A flora da Amazônia. Belém, CEJUP, p.64-65, 1989.; Silva et al., 1986).

Madeira: Leve, macia ao corte, cerne e alburno praticamente indistintos, de cor amarelo creme, quase branco, quando verde; grã regular; textura média; cheiro desagradável quando recém cortada, perdendo todo odor quando seca; gosto indistinto. Podendo ser trabalhada com facilidade, recebendo bom acabamento, porém com lustre baixo. De baixa resistência ao ataque de organismos xilófagos.

Emprego: A madeira é utilizada em construção de interiores, marcenaria e caixotaria; podendo ser utilizada no fabrico de brinquedos, embalagens leves, folhas taqueadas para compensados, raquetes, moldes de fundição, artefatos leves, etc. A árvore em florescimento é um dos espetáculos mais belos e curiosos da natureza com o tronco emitindo uma miríade de flores desde o solo até as ramificações superiores. É excelente para o paisagismo em geral. Seu único inconveniente é o grande tamanho e peso dos frutos que podem causar acidentes na queda. Apesar de ser planta amazônica de solos brejosos, desenvolve-se muito bem em terrenos secos do Centro Sul do país.

Outros: Frutos volumosos chegando perto de 20 cm de diâmetro; o fruto é utilizado na mata como cuia (recipiente que substitui a tigela), pelos mateiros, caçadores ou habitantes do interior, para tomarem líquidos. O liber fornece fibras que poderão ser aproveitadas para cordoaria grossa (Rodrigues, 1989RODRIGUES, R. M. A flora da Amazônia. Belém, CEJUP, p.64-65, 1989.).

Couroupita é nome indígena das Guianas, de onde foi descrita, daí C. guianensis ( Vianna et al, 1988).

Floresce na UFRRJ nos meses março-abril e setembro-novembro e frutifica em abril-junho e novembro-dezembro, sendo folhas novas em outubro.

LITERATURA CITADA

  • BARROSO, G. M. et al. Sistemática de angiospermas do Brasil. São Paulo, EDUSP, v. 1, p.166-167, 1978.
  • LORENZI, H. Árvores brasileiras. Nova Odessa, Plantarum, p.137, 1992.
  • LOUREIRO, A. A. & SILVA, M. F. da. Catalogo das madeiras da amazônia. Belém, INPA, v.1, p.297-300, 1968.
  • RIZZINI, C. T. & MORS, W. B. Botânica econômica brasileira. 2ª ed. Rio de Janeiro, Âmbito Cultural, p.191, 1995.
  • RODRIGUES, R. M. A flora da Amazônia. Belém, CEJUP, p.64-65, 1989.
  • SILVA, M. F., LISBÔA, P. L. B., LISBÔA, R. C. L. Nomes vulgares de plantas amazônicas. Manaus, INPA, p.63, 1977.
  • VIANNA, M. C. et al. Arboreto carioca nº4. Edição fac-similada 1988. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, p.116-117, 1988.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    02 Fev 2024
  • Data do Fascículo
    Jan-Dec 1999
Instituto de Florestas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Rodovia BR 465 Km 7, CEP 23897-000, Tel.: (21) 2682 0558 | (21) 3787-4033 - Seropédica - RJ - Brazil
E-mail: floram@ufrrj.br