RESUMO
A maioria dos estudos que analisa o comportamento da competição arbórea é voltada para plantios homogêneos e equiâneos. Nota-se, portanto, uma carência de informações deste tipo em florestas naturais de elevada biodiversidade. Objetivou-se com este trabalho avaliar a competição em um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual, por grupo ecológico, grupos demandantes e não demandantes de luz para todas as espécies amostradas no fragmento. Foram empregados índices de competição independentes da distância e semidependentes da distância. O índice BAL (basal area in larger trees), sem raio de influência, obteve o melhor desempenho para analisar como a competição afeta o crescimento dos indivíduos no fragmento estudado. Concluiu-se que avaliar a competição por grupo ecológico é mais eficaz, e os resultados confirmam que a competição florestal não pode ser determinada apenas pela aplicação de um raio fixo de influência dos vizinhos em relação à árvore-objeto.
Palavras-chave:
Mata Atlântica; grupos ecológicos; raios de concorrência; manejo florestal