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IMPORTÂNCIA DAS MICORRIZAS NO DESENVOLVIMENTO DE ESPÉCIE DE PINUS E EUCALYPTUS NOS ESTADOS DO RIO DE JANEIRO E ESPIRITO SANTO.

RESUMO

As raizes das coníferas e de algumas angiospermas formam uma associação benéfica,com certos fungos de solo, chamada de ectomicorrizas. Essas associações aumentam a habilidade do indivíduo arboreo em absorver nutrientes e água.

Em 1842 Vittadini indicou que radicelas de árvores eram envolvidas por micelio de fungos que as mantêm, conforme observação dela há mais de 10 anos. Essa hipótese gerou a teoria de simbiose mutualística descrita por Frank em 1885, que primeiro chamou o órgão fungo-raiz de micorriza. O conceito de simbiose fungo-raiz tem sido desde aquela época motivo de muitas controvercias, extensivas pesquisas, dezenas de trabalhos, revisões e numerosos livros (p.ex.; KELLEY 1950, LOBANOV 1960, HARLEY 1969, HACSKAYLO, 1971, MARKS and KOZLOWSKI 1973, TRAPPE and FOGEL 1975). A despeito dessa maciça documentação, cientistas de plantas comumente parecem dar pouca atenção ao fenômeno e sua implicação a não ser que eles estudem micorrizas "per si".

No inicio do nosso trabalho mostramos que as mudas de Pinus caribaea cujas raízes foram artificialmente inoculadas com o fungo Pisolithus tinctorius se desenvolveram mais que as mudas micofrizadas "in natura" em solos adversos ao desenvolvimento da planta.

No início do nosso trabalho mostramos que as mudas de Pinus Caribaea cujas raízes foram artificialmente inoculadas com o fungo Pisolithus tinctorius se desenvolveram mais que as mudas micorrizadas "in natura" em solos adversos ao desenvolvimento da planta.

Isolamos e classificamos com a ajuda do Dr. Daniel Stuntz especialista em Basidiomicotina, atuando na "University of Washington", alguns fungos que suspeitamos sejam micorrízicos de Pinus tropicais, sub-tropicais e Eucalyptus spp.

As mudas produzidas em recipientes não apresentam condições satisfatórias de ocorrência natural da associação fungo-raiz. Por essa razão estamos prosseguindo em nossos estudos para comprovar essa relação de simbiose com os fungos já isolados e classificados conforme Quadro l.

QUADRO 1
Relação dos fungos micorrízicos isolados

Até o presente, o trabalho tem mostrado o excelente potencial existente em nosso País no sentido de se cultivar esses fungos micorrízicos em condições assépticas para posterior aplicação nos canteiro de mudas e sementes (pelotização) das especies florestais, dependente dessa associação simbiótica para o seu crescimento e desenvolvimento.

O objetivo final consiste em desenvolver essa técnica de produção de inóculo a fim de propiciar proteção bioecológica as plantas suscetíveis a fitopatógenos habituais do solo, (p.ex: Cylindmcladium spp., Fusarium spp.) reduzindo a utilização de produtos químicos no controle do tombamento e podridões de raízes responsáveis por grandes perdas de mudas de florestais na fase incial de crescimento.

Além desse caracter preventivo contra doenças, convém ressaltar que esses fungos micorrízicos do grupo dos basidiomicotina desenvolvem papel importante na degradação e ciclagem de nutrientes da manta de acículas formada nas florestas de pinheiros por todo o Brasil, sendo o grande responsável pelo incremento anual econômico das florestas de produção.

NOTA: O autor do resumo se reserva no direito de não citar bibliografia no momento por tratar-se de pesquisa em andamento. Mas se coloca a disposição para responder qualquer pergunta sobre o tema pelo tel: (021) 682.1128.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    11 Mar 2024
  • Data do Fascículo
    Jan-Dec 1994
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