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Queixa principal dos pais: “Meu filho tem dificuldade de se manter de pé e não dá passos, mesmo apoiado.” |
- Metas mutualmente acordadas: “fazer com que a criança passe para de pé a partir de sentado no chão e aumente o tempo em ortostatismo.” - A família estabeleceu momentos na rotina para estimular a criança. - Sugeriram brincadeiras que incentivassem a criança a alcançar as metas: como colocar brinquedos em diferentes alturas para que a criança tente passar para de pé a partir de sentado no chão. E estimular a posição de pé durante o banho. |
- Principal dificuldade dos pais: deixar de dar suporte à criança durante a transferência de posição. - Principais facilidades dos pais: permitiram tentativas e erros da criança durante o processo. Entenderam que a criança precisava de menos suporte do que lhe era fornecido para a transferência de posição. Motivavam o filho. As atividades eram variadas em diferentes contextos. Os pais construíram e adquiriram brinquedos que ajudassem a estimular o alcance das metas e mostraram mais autonomia no cuidado e maior entendimento da condição da criança com o passar das semanas. |
- Na avaliação compartilhada com os pais foi observada melhora na capacidade de se puxar para de pé a partir da posição sentada em buda e maior interesse da criança em brincar na posição de pé. - Os pais pontuaram avanços no desempenho motor do filho. - Os pais afirmaram ter ficado menos superprotetores e mais pacientes em aguardar a criança responder às atividades, além de terem compreendido melhor a condição de saúde do filho. |
2 |
Queixa principal da mãe: “Gostaria que meu filho tivesse uma melhora no equilíbrio sentado e ficasse mais tempo nessa posição.” |
- Metas mutualmente acordadas: fazer com que a criança ficasse mais tempo na posição sentada, com menor apoio possível, e melhorar o alinhamento na posição. - A mãe estabeleceu momentos na rotina para estimular a criança durante atividades de cuidado diário e durante brincadeiras. - Os discentesajudaram a mãe a pensar em como superar as limitações que ela apresentava para que, assim, pudesse ter ideias de brincadeiras a serem desenvolvidas com o filho. Até que a mãe sugeriu construir um tapete sensorial para a criança e sugeriu estimulá-la a ficar sentada em um degrau, com os pés apoiados. |
- Principal dificuldade da mãe: manter o alinhamento da criança na posição sentada. Por apresentar baixa acuidade visual e auditiva, a mãe relatou dificuldades em estimular a criança. - Principais facilidades da mãe: muito atenciosa com a rotina da criança e na implementação de estímulos à medida que foi conhecendo mais sobre a condição de saúde da criança. Confeccionou tapetes com texturas diferentes para que a criança fosse estimulada na posição de quatro apoios, sobre as pernas da mãe e, assim, melhorar a ativação da musculatura da coluna e controle de cabeça da criança. - Com o passar das semanas, as dificuldades relatadas inicialmente deixaram de existir e a mãe estava mais empoderada e assertiva nas brincadeiras com o filho. |
- Na avaliação compartilhada com a mãe, registrou-se melhora no equilíbrio da criança na posição sentada, o que a proporcionou aumentar consideravelmente o tempo que brincava sem se desestabilizar, passando de alguns segundos (na avaliação pré-intervenção) para alguns minutos (na avaliação pós-intervanção). - A mãe afirmou que estava mais segura nas decisões tomadas em relação ao filho e percebia facilmente a maior interação dele com ela e com a irmã mais nova, que estava sendo inserida nas brincadeiras desenvolvidas com o irmão. |
3 |
Queixa principal da mãe: “Queria que meu filho firmasse mais o corpo e colocasse alimentos na boca sozinho.” |
- Metas mutualmente acordadas: oferecer oportunidades para a criança se alimentar sozinha, dando o tempo necessário a ela. Brincar com a criança em superfícies mais estáveis para incentivar o melhor controle de cabeça e de tronco. - A mãe inicialmente se mostrou receosa em dar sugestões quanto a momentos na rotina em que poderia estimular sua criança. - Os discentes conduziram a visita/tratamento no sentido de eliminar hierarquias. - Após compreender que quem detém maior conhecimento acerca da saúde do filho é ela própria, a mãe conseguiu definir, junto aos discentes, as brincadeiras a serem realizada para estimular a criança e os melhores momentos dentro da rotina. Um quadro com a rotina foi fixado na parede da casa para ajudar a mãe a se lembrar. |
Principais dificuldades encontra-das pela mãe: não conseguia, inicialmente, desenvolver as ativi-dades, o que fez com se mostrasse desanimada com a abordagem. Principais facilidades: a mãe conseguia perceber os progressos do filho à medida que foi superando as dificuldades em dar tempo para que ele realizasse as tarefas, assim foi se mostrando mais participativa e mais motivada ao longo das sessões seguintes. A irmã mais velha da criança foi inserida na rotina do irmão a fim de contribuir com brincadeiras que o estimulassem. - Um varal de fotos com a criança em diferentes posições e com frases de incentivo foi elaborado pelo grupo de discentes para dar estímulos visuais à família |
- Na avaliação compartilhada com a mãe e irmã da criança, observou-se que ela passou a ficar mais tempo na posição sentada com o apoio das mãos e apresentou melhor controle da cabeça e tronco (de 5 segundos para quase 2 minutos). Quando estimulada, a criança começou a pivotear para alcançar objetos. Quanto a levar alimentos à boca, foi acordado com a família que a criança precisava de mais oportunidades para explorar os alimentos e poder levá-los à boca. - No decorrer das semanas, a mãe e a irmã foram se mostrando mais participativas em atividades com a criança e mais abertas a conversarem sobre seus anseios com os discentes. - A família foi motivada a não desistir de estimular a criança nas primeiras tentativas em uma nova brincadeira, já que a criança precisava de tentativas e erros, sendo necessário treino para que a tarefa proposta fosse realizada. |
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Queixa principal dos pais: “Minha filha movimenta pouco as pernas em relação a outras crianças.” |
- Metas mutualmente acordadas: alcançar os pés na posição de supino. Estimular a criança na ausência da fralda de pano ecológica para facilitar o desempenho na atividade, visto que foi observado previamente que o volume da fralda dificultava os movimentos da criança.3232 Cole WG, Lingeman JM, Adolph KE. Go naked: diapers affect infant walking. Dev Sci. 2012;15(6):783-90. DOI DOI...
- Foram estabelecidos momentos dentro da rotina da família para que a criança fosse estimulada, inclusive durante as trocas de fralda, como sugerido pelos pais. |
- Principal dificuldade dos pais: a irritabilidade da criança em algumas posturas dificultou a realização de algumas atividades elaboradas pelos pais. - Principais facilidades: pais engaja-dos em ralação às diferentes maneiras de estimular a criança. Para contornar a dificuldade de irritabilidade da criança os pais inseriram recursos musicais, o que fez com que a filha ficasse mais calma e permanecesse por mais tempo nas posturas definidas para estímulo. - Com o passar das semanas a criança foi apresentando avanço no desenvolvimento motor e novas metas foram traçadas com os pais, como o brincar mais tempo na posição de prono e, posteriormente, estimular a criança na posição de gato e puxar-se para de pé. |
- Na avaliação compartilhada com os pais, observou-se melhora no desempenho motor grosso da criança com melhora na movimentação ativa dos membros inferiores em todas as posturas, bom desempenho no rolar, sentar sem apoio e no uso das mãos para alcançar e manipular brinquedos na posição. - Os pais mostraram-se ainda mais engajados e assertivos quanto às formas de estimular a criança. - A mãe afirmou estar mais tranquila em relação à condição da criança, já que passou a compreender melhor a condição da mesma, e disse ter entendido que era preciso dar tempo para que a filha pudesse responder aos estímulos, o que diminuiu muito a ansiedade e os medos em relação ao futuro da criança. |
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Queixa principal dos pais: “Queremos que nosso filho dê os primeiros passinhos.” |
- Meta mutualmente acordada: fazer com que a criança se puxe para de pé, incentivar a criança a ficar mais tempo em ortostatismo, promover marcha anterior com auxílio de brinquedos. - Foram traçados pelos pais, com o auxílio dos discentes, fatores que facilitavam e que dificultavam a realização de atividades pela criança. - Os pais determinaram momentos na rotina em que poderiam brincar com o filho, a fim de alcançar as metas e utilizar elementos facilitadores para a realização das atividades. |
- Principais dificuldades dos pais: estabelecer, dentro da rotina, um momento para brincar com a criança durante a semana que fosse efetivamente cumprido. Relataram dificuldade em cumprir as metas acordadas com os discentes. - Principais facilidades: com o passar das sessões os pais se mostraram mais criativos em estimular a criança e passaram a tentar contornar as dificuldades. |
- Na avaliação compartilhada com os pais eles mencionaram que perceberam a importância de deixar a criança mais tempo brincando no chão e o quanto a participação deles em brincadeiras deixava a criança mais motivada e fazia com que ela ficasse mais tempo de pé. - Os pais, apesar de deixarem a criança um pouco mais livre para brincar no chão, mantiveram-se superprotetores até ao final das visitas. Ao final do tratamento, o ambiente poussía mais estímulos para a criança e os pais adaptaram um carrinho para que a criança pudesse empurrá-lo e os passos fossem incentivados. |