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A bandagem hiperelástica modifica a cinemática do pé pronado em mulheres jovens: ensaio clínico autocontrolado

Resumo

Introdução:

A pronação excessiva tem sido relacionada ao aumento do risco de desenvolver lesões nos membros inferiores. Nesse sentido, verificar a efetividade de recursos terapêuticos, como a bandagem hiperelástica, tornou-se relevante.

Objetivo:

Avaliar a influência da bandagem hiperelástica na pronação excessiva do pé em mulheres jovens.

Método:

Ensaio clínico autocontrolado, no qual participaram dez mulheres com pronação excessiva (Foot Posture Index ≥ 6). Realizou-se então a avaliação tridimensional da marcha de acordo com o modelo Oxford Foot Model da Vicon em dois momentos: antes e após a bandagem. Foi aplicada bandagem hiperelástica no lado com maior pronação (lado experimental) e o lado oposto foi utilizado como controle (lado controle). Quanto aos segmentos avaliados, estes foram o retropé, antepé e mediopé. Para análise dos dados aplicou-se o teste de normalidade Shapiro Wilk, testes t pareado e Wilcoxon. E o nível de significância foi considerado como p<0,05.

Resultados:

No retropé não foi verificada mudança (p>0,05) no lado experimental ou controle; no mediopé foi observado redução da altura do arco (p<0,05) somente no lado experimental, porém sem diferença entre grupos (p>0,05); e no antepé foi observado redução da eversão (p<0,05) somente no lado experimental.

Conclusão:

A aplicação utilizada de bandagem hiperelástica reduziu a eversão do antepé, porém essa redução não é desejável clinicamente, uma vez que em cadeia fechada a pronação excessiva aumenta na amostra de mulheres jovens estudadas.

Palavras-chave:
Pé; Pronação; Marcha; Bandagem Elástica Adesiva

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