Resumo
Introdução:
apesar de o perfil sociodemográfico e o nível de atividade física de idosos das Universidades da Terceira Idade (Unati) terem sido caracterizados em estudos anteriores, encontram-se lacunas acerca das relações com os aspectos psicológicos e a qualidade de vida.
Objetivo:
verificar as relações entre variáveis sociodemográficas, psicológicas, nível de atividade física e qualidade de vida em idosos frequentadores da Unati de Campinas, São Paulo.
Método:
estudo transversal, no qual foram recrutados 116 idosos de ambos os sexos, com idade entre 60 e 89 anos, submetidos à Escala de Autoestima de Rosenberg, Escala de Resiliência de Wagnild & Young, Escala de autoeficácia geral percebida, WHOQoL Bref, Miniexame do estado mental, Self-report Questionnaire (SRQ20) e o Questionário Internacional de atividade física (IPAQ). Os dados foram analisados pelos testes Kolmogorov-Smirnov, Qui Quadrado, Exato de Fisher, teste t, U de Mann-Whitney e pelos Modelos Lineares Generalizados.
Resultados:
a autoestima associou-se à idade, renda, escolaridade, ao tempo no programa e ao domínio psicológico do WHOQoL-bref (p < 0,05). A resiliência apresentou associação com a escolaridade e ao domínio psicológico do WHOQoL-bref (p < 0.05). A autoeficácia associou-se ao domínio psicológico do WHOQoL-bref. Os transtornos mentais comuns mostraram associação com os domínios físico e psicológico do WHOQoL-bref, à autoeficácia e ao sexo masculino. O nível de atividade física não se associou com os aspectos psicológicos e as variáveis sociodemográficas estudadas (p > 0,05).
Conclusão:
as variáveis sociodemográficas influenciam aspectos emocionais, sobretudo autoestima e resiliência de idosos da Unati. Além disso, o domínio psicológico do WHOQoL-bref foi preditor de todas as variáveis emocionais nesta amostra.
Palavras-chave:
Envelhecimento; Psicologia; Autoestima; Resiliência Psicológica; Qualidade de Vida