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Avaliação respiratória e capacidade funcional em pacientes com AVE crônico

Resumo

Introdução:

O acidente vascular encefálico (AVE) resulta em fraqueza dos músculos do tronco e descondicionamento físico.

Objetivos:

Avaliar as alterações respiratórias e correlacioná-las com a capacidade funcional de pacientes pós AVE crônicos do Centro Clínico de Fisioterapia da PUC Minas Betim.

Métodos:

Foram recrutados 15 pacientes para avaliação respiratória e da capacidade funcional. Foram avaliadas a pressão inspiratória máxima (PImáx), pressão expiratória máxima (PEmáx), pico de fluxo expiratório (PFE), capacidade vital (CV) e a capacidade funcional a partir do teste de caminhada de seis minutos (TC6M). Os resultados foram comparados com os valores de referência utilizando os testes t de Student não pareado ou teste Mann-Whitney. As variáveis respiratórias foram correlacionadas com a distância percorrida no TC6M por meio do Coeficiente de Correlação de Spearman.

Resultados:

A amostra apresentou idade média de 58,2 ± 13,4 anos, sendo que o diagnóstico da maioria foi AVE isquêmico e hemiparesia à esquerda. Os valores obtidos foram PImáx (47,722,2 cmH2 O); PEmáx (47,5 20,3 cmH2 O); PFE (351,390,8 L/min); CV (3,00,91 L) e TC6m (222,4101,6 m). Quando comparados com os valores de referência, os valores de PImáx, PEmáx, PFE e TC6M foram estatisticamente menores (p < 0,001). Não houve correlação estatisticamente significativa entre a distância percorrida no TC6M e as variáveis respiratórias (p > 0,005).

Conclusão:

Os resultados sugerem que apesar de existir o declínio da força muscular respiratória, do PFE e da CV, esses não se correlacionaram com a capacidade funcional dos pacientes pós AVE crônicos avaliados.

Palavras-chave:
Acidente vascular encefálico; Capacidade vital; Mecânica respiratória; Músculos respiratórios.

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