Resumo
Introdução:
A terapia antirretroviral altamente ativa (HAART) transformou o HIV em uma doença crônica, apresentando efeitos adversos como a síndrome da lipodistrofia, caracterizada por alterações morfológicas e metabólicas, como redução da densidade mineral óssea (DMO), potencializando morbidades e mortalidades. O treinamento de força (TF) tem como proposta aumentar a DMO, devido ao efeito osteogênico.
Objetivo:
Verificar o impacto do TF na DMO em pessoas com HIV.
Métodos:
Trata-se de um estudo quase-experimental que incluiu 40 pessoas com idade média de 50 ± 6 anos, separadas em grupo treinado (GT, n = 20) e grupo controle (GC, n = 20), com redução na DMO, HIV positivo, usando HAART e sem praticar exercícios físicos. A DMO foi avaliada pelo DEXA na coluna lombar, colo do fêmur e 1/3 distal do rádio, antes e após 12 semanas, com o GT submetido a 36 sessões de TF e o GC sem exercício durante o mesmo período.
Resultados:
O GT teve aumento significante com grande efeito em todos os segmentos: coluna lombar (p = 0,001; ES: 1,87), colo do fêmur (p = 0,003; ES: 2,20) e 1/3 distal do rádio (p = 0,001; ES: 1,81), enquanto o GC apresentou redução significante com grande efeito no colo do fêmur (p = 0,020; ES: 2,56), 1/3 distal do rádio (p = 0,015; ES: 2,93) e apenas grande efeito na coluna lombar (p = 0,293; ES: 1,78).
Conclusão:
O TF pode ser utilizado como recurso terapêutico para aumentar a DMO em pessoas com HIV, contribuindo para o avanço nas buscas de práticas terapêuticas não medicamentosas.
Palavras-chave:
Densidade mineral óssea; Síndrome de lipo-distrofia associada ao HIV; Treinamento de força