Resumo
Introdução:
A espasticidade atua como um fator limitante na recuperação motora e funcional após o Acidente Vascular Cerebral (AVC), prejudicando a realização das atividades de vida diária.
Objetivo:
Analisar a influência da espasticidade nos principais grupos musculares e associá-la ao comprometimento motor e ao nível funcional de pacientes hemiparéticos crônicos pós-AVC.
Métodos:
Vinte e sete pacientes hemiparéticos crônicos, de ambos os sexos, foram selecionados no Serviço de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Hospital de Clínicas da Unicamp. As avaliações foram realizadas em duas sessões: na primeira foi avaliado o comprometimento motor (Protocolo de Desempenho Físico de Fugl-Meyer - FM) e funcional (Índice de Barthel - IB), e na segunda, o grau de espasticidade dos principais grupos musculares (Escala Modificada de Ashworth - EMA).
Resultados:
Foi detectada uma correlação negativa entre a espasticidade dos membros superiores com o comprometimento motor e funcional. Nenhum grupo muscular avaliado nos membros inferiores apresentou correlação entre o tônus muscular e o nível de comprometimento da subseção da extremidade inferior FM e o nível funcional mensurado pelo IB.
Conclusão:
A espasticidade mostrou ser um fator de influência negativa no nível de comprometimento motor e funcional dos membros superiores de pacientes hemiparéticos crônicos pós-AVC.
Palavras-chave:
Acidente Vascular Cerebral; Hemiparesia; Espasticidade