Resumo
Introdução:
A imobilidade está associada a resultados adversos, como perda da capacidade funcional e maior tempo de hospitalização.
Objetivo:
Avaliar a mobilidade intra-hospitalar na admissão como preditor de perda da capacidade funcional durante a hospitalização de idosos.
Métodos:
Um estudo de coorte prospectivo foi conduzido e os fatores de risco pessoais e relacionados ao hospital foram avaliados na admissão e alta. Para determinar se o Short Physical Performance Balance (SPPB) na admissão poderia prever a perda de capacidade funcional durante a internação, uma curva ROC foi realizada e a área sob a curva (AUC) foi calculada. Modelos de regressão logística binária foram usados para identificar preditores de perda de capacidade funcional. O modelo 1 continha apenas SPPB. O modelo 2 SPPB foi pareado com idade, sexo, atividades instrumentais da vida diária (AIVD), cognição, depressão e cirurgia. Os dados foram inseridos no SPSS versão 18.0.
Resultados:
Foram incluídos 1.191 pacientes com idade média de 70,02 (± 7,34). O ponto de corte do SPPB de 6,5 (sensibilidade 62%, especificidade 54%) identificou 593 (49,8%) pacientes com risco de perda funcional. Na regressão logística, o SPPB sozinho mostrou predição de perda funcional (p < 0,001, OR 1,8, IC 95% = 1,5-2,5) entre a admissão e a alta. O modelo 1 explicou entre 22 a 32% da variação da capacidade funcional. No Modelo 2, três variáveis contribuíram para a perda. SPPB 6,5 aumentou 1,8 vezes (IC 95% = 1,3-2,4), ser mulher aumentou 1,4 vezes (IC 95% = 1,0-1,8) e não ter operado aumentou 2 vezes (IC 95% = 1,4-2,8) a chance de ter perda funcional durante a hospitalização.
Conclusão:
O SPPB é um bom instrumento para predizer a perda da capacidade funcional em idosos hospitalizados.
Palavras-chave:
Idoso; Movimento; Especialidade em fisioterapia