Resumo
Introdução:
A flexibilidade é um componente essencial da aptidão física que reduz a incidência de distensão muscular e melhora a eficiência do movimento e postura.
Objetivo:
Analisar a flexibilidade da cadeia muscular posterior e dor lombar (DL) em trabalhadores rurais de um município do Extremo Oeste Catarinense.
Métodos:
Pesquisa quantitativa e de corte transversal com 185 trabalhadores rurais, idade média de 44,24 (±10,83) anos. Utilizou-se questionário contendo questões relacionadas ao trabalho; Banco de Wells, goniômetro, escala visual analógica da dor (EVA), questionário Oswestry e Rolland-Morris para avaliação da flexibilidade da cadeia posterior, comprimento muscular de isquiotibiais, dor e disfunção da coluna lombar, respectivamente. A flexibilidade foi comparada com o grau de disfunção por Anova One-Way seguida do teste post hoc de Bonferroni.
Resultados:
181 (97,8%) trabalhadores relataram algum sintoma de DL: 100% das mulheres e 95,2% dos homens. Média do escore Oswestry: 7,09 (±8,25); Roland-Morris, 1,22 (±1,63); EVA, 5,81 (±2,5). Flexibilidade média pelo Banco de Wells (FBW): 23,91cm (±18,81); teste de elevação da perna retificada (TEPR), 66° (±11,77) e ângulo poplíteo 123,21° (±12,45). Houve diferença significativa no ângulo poplíteo (p = 0,003) e TEPR (0,001) quando comparados com o grau de disfunção. As mulheres apresentaram diferença significativa em todos os testes realizados, no entanto, no teste post hoc, houve diferença significativa apenas na FBW (p = 0,013), sendo que mulheres com grau de disfunção mínima apresentaram maior flexibilidade em relação às com disfunção severa.
Conclusão:
A DL autorreferida foi alta e as mulheres com maior grau de disfunção apresentam menor flexibilidade da cadeia posterior.
Palavras-chave:
Amplitude de Movimento Articular; Dor Lombar; População Rural