Resumo
Introdução: A Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAV) é uma complicação comumente encontrada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e está associada à maior mortalidade, tempo de internação e ventilação mecânica (VM).
Objetivo: Verificar a incidência da PAV e seu impacto sobre a evolução clínica dos sujeitos submetidos à ventilação mecânica invasiva na UTI.
Métodos: Trata-se de um estudo de coorte com sujeitos internados na UTI geral adulto do Hospital Estadual de Bauru/SP. Foram coletadas as informações clínicas referentes ao período de 19 meses. A estratificação para os grupos foi realizada com base na ocorrência ou não da PAV, sem_PAV e PAV, respectivamente. Foi aplicado o teste T2 de Hotelling com 95% de confiança e Qui-Quadrado utilizando o Software “R” e os resultados apresentados em média ± desvio padrão e distribuição absoluta e relativa (p < 0,05).
Resultados: A casuística foi de 322 sujeitos; o grupo PAV constou de 73 (22,67%), sendo 54,79% do sexo masculino, idade: 62,31 ± 16,96 anos e APACHE II: 29,98 ± 8,64. O grupo NAV teve maior tempo de VM e na UTI se comparado ao grupo sem_NAV; ainda neste grupo, a maior incidência de óbito na UTI ocorreu entre o 16° ao 20° dia de internação. O grupo sem_PAV era mais velho e 50% deste tiveram alta hospitalar.
Conclusão: A PAV e suas interfaces ainda causam impacto sobre a evolução clínica dos sujeitos principalmente quanto ao fator tempo de ventilação mecânica e de internação na UTI. A maior incidência de óbito na UTI ocorre nas primeiras semanas.
Palavras-chave: Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica; Pneumologia; Estudos de Coortes