Resumo
Introdução:
Para crianças com Paralisia Cerebral as órteses assumem um papel importante na melhora da postura, da marcha, do desempenho funcional e na prevenção de problemas musculoesqueléticos secundários.
Objetivo:
Avaliar a influência do TheraTogs® na postura, na distribuição de pressão plantar durante a marcha e no desempenho funcional de uma criança com paralisia cerebral do tipo diplegia espástica.
Métodos:
Trata-se de uma avaliação quantitativa em um estudo de caso, no qual uma criança de 11 anos de idade e diagnóstico de Paralisia Cerebral do tipo diplegia espástica foi submetida à avaliação postural, através do Software de Avaliação Postural (SAPO), avaliação da distribuição de pressão plantar durante a marcha descalça, através do sistema Emed-X, antes e depois do período experimental de 8 semanas, e avaliação da funcionalidade, através do Inventário de Avaliação Pediátrica de Disfunção (PEDI), sem e com TheraTogs®.
Resultados:
Na postura o TheraTogs® teve maior influência na extensão do quadril e essa alteração foi maior na utilização imediata. Na distribuição de pressão plantar ocorreu aumento da posteriorização da pressão plantar no contato inicial, melhorou o desempenho na fase de impulsão (desprendimento do pé do solo) e na fase do balanço da marcha. Na funcionalidade a Criança obteve ganhos na área de mobilidade, no entanto, sua capacidade de autocuidado com o TheraTogs® foi reduzida.
Conclusão:
Embora observadas melhoras na postura, na marcha e na funcionalidade com o uso do TheraTogs®, o calor excessivo e dificuldades no acesso ao toalete e no autocuidado foram pontos de desvantagem na utilização do TheraTogs®.
Palavras-chave:
Paralisia cerebral; Postura; Marcha; Órtese