Resumo
Introdução:
Um período prolongado de ventilação assistida (VA) pode induzir complicações.
Objetivo:
Comparar as capacidades funcionais e a força muscular de pacientes sob VA.
Métodos:
Trata-se de um estudo observacional de coorte prospectivo. Os pacientes selecionados encontravam-se em ventilação mecânica em qualquer momento, sendo avaliados apenas no momento da alta da unidade de terapia intensiva (UTI). A amostra de conveniência de 103 foi selecionada e dividida em um grupo com até seis dias de VA (G6) e outro com sete dias ou mais de VA (G7). O protocolo proposto foi: aplicação da escala MRC, dinamometria, índice de Barthel, capacidade de deambulação na alta da UTI. Foi feito um chamado aos pacientes seis e 12 meses após a alta hospitalar para aplicação do índice de Barthel.
Resultados:
Verificamos que os pacientes do G6 obtiveram melhor força muscular medida através da dinamometria direita 14 (8-30) e esquerda 18 (8-26) e escala do MRC 48 (44-56). Apenas sete (14%) pacientes do grupo G7 conseguiram deambular. Os pacientes do G7 apresentaram maior perda funcional na alta hospitalar 32 (15-60). Após um ano da alta hospitalar, ambos os grupos recuperaram sua capacidade funcional 100 (100-100).
Conclusão:
Ao avaliar o processo de AV, é possível concluir que quanto maior o tempo de uso do ventilador, maior a perda de força e funcionalidade. Além disso, há uma recuperação significativa da funcionalidade após um ano da alta hospitalar.
Palavras-chave:
Atividades de vida diária; Unidades de Terapia Intensiva; Mortalidade; Fraqueza muscular; Sobrevivência