Resumo
Introdução: A força muscular tem apresentado respostas controversas ao resfriamento dos tecidos neuromusculares e seu comportamento ainda não foi esclarecido.
Objetivo: Verificar o comportamento da força de preensão palmar máxima antes e após o resfriamento do antebraço.
Métodos: A intervenção de resfriamento consistiu na imersão do antebraço até o nível do cotovelo em água gelada a 10ºC. A força foi avaliada por dinamometria de preensão palmar antes da aplicação de frio, imediatamente após imersão e em 5, 15 e 30 minutos de exposição do antebraço à temperatura ambiente (fase de recuperação) concomitantemente à aferição da temperatura superficial da pele. A amostra foi composta por 30 indivíduos saudáveis.
Resultados: A força de preensão palmar diminuiu significativamente (p < 0,05) entre o período anterior ao resfriamento e todos os períodos que sucederam à imersão em água gelada. A força de preensão palmar apresentou ainda aumento progressivo durante a fase de recuperação, com diferenças significativas (p < 0,05) entre a média do momento imediato ao fim da imersão e as médias dos momentos de 5, 15 e 30 minutos de exposição à temperatura ambiente.
Conclusão: Os resultados indicaram que a imersão em água gelada a 10ºC por 15 minutos diminuiu significativamente (p < 0,05) a força de preensão palmar por até 30 minutos após o resfriamento do antebraço. A força apresentou ainda capacidade progressiva de recuperação após a retirada do estímulo frio. Novas pesquisas devem ser realizadas para a apresentação de resultados definitivos sobre os efeitos do frio na força muscular de indivíduos saudáveis.
Palavras-chave: Força da Mão; Crioterapia; Fisioterapia