Resumo
Introdução:
A esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica do sistema nervoso central que afeta principalmente adultos jovens, promovendo um grande impacto na funcionalidade. A fadiga é um sintoma muito comum, associado a múltiplas deficiências na sensibilidade, atividade muscular, controle neuromotor, equilíbrio, cognição e capacidade de resolução de problemas. A EM leva a fortes restrições funcionais, principalmente no contexto das atividades de vida diária, bem como na participação do paciente.
Objetivo:
Compreender as implicações de um programa de autorregulação na percepção de bem-estar e saúde mental em pacientes com EM.
Métodos:
Um conjunto de exercícios foi implementado para uso nas atividades diárias, apoiado por diferentes estudos com pacientes com EM. Solicitou-se aos pacientes que classificassem a gravidade de sua doença e que utilizassem o Inventário de Saúde Mental (MHI-38), no início (tempo A) e no final (tempo B) do programa de autorregulação. Utilizou-se o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 25. Um teste de hipótese estatística não paramétrica (teste de Wilcoxon) foi utilizado para analisar as variáveis.
Resultados:
A média de idade foi de 44 anos, com pacientes entre 20 e 58 anos. 58,3% eram mulheres, 37,5% eram casados, 67% eram aposentados e a escolaridade média era de 12,5 anos. A correlação entre a percepção da gravidade da doença e o bem-estar psicológico antes do programa de autorregulação (r = 0,26, p < 0,05) e após a intervenção (r = 0,37, p < 0,01) sugere uma correlação baixa a moderada.
Conclusão:
A implantação do modelo autorregulatório, por meio da promoção de atividade física em pacientes com EM, teve impacto positivo na reabilitação clínica, bem-estar e percepção da gravidade da doença dessas pessoas.
Palavras-chave:
Esclerose múltipla; Autorregulação; Atividade física