Resumo
Introdução
O perfil epidemiológico é considerado um indicador sensível das condições de vida e do processo saúde-doença. Os distúrbios musculoesqueléticos são as causas mais frequentes de dor e podem levar à incapacidade ou limitação das atividades diárias. Esses distúrbios, quando associados ao trabalho, levam o nome de LER/DORT e podem estar associados às condições de riscos no trabalho.
Objetivos
Traçar o perfil epidemiológico dos trabalhadores com distúrbios musculoesqueléticos de uma rede de supermercados, atendidos em uma clínica de fisioterapia de Porto Alegre (RS).
Materiais e métodos
Estudo de corte transversal, observacional, com coleta retrospectiva de dados de 360 prontuários de pacientes atendidos no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2011 em uma clínica de fisioterapia que presta serviços de saúde para uma rede de supermercados.
Resultados
Houve predomínio do gênero feminino (73,9%), na faixa etária dos 30–39 anos (35,1%); 63,0% declararam-se solteiros e 73,4% residentes em Porto Alegre. Em relação à ocupação, a maior frequência foi para o setor frente de caixa (31,2%). Os principais motivos de encaminhamento para a fisioterapia foram lombalgia (21,4%), cervicalgia (19,7%), dor (16,1%), bursite subacromial (13,9%) e dorsalgia (12,2%). Dentre os sinais e sintomas, 95,8% da amostra mencionou a dor em fase crônica.
Conclusão
A prevalência de dor musculoesquelética foi alta neste grupo. A presença de dor pode incapacitar o indivíduo para atividades diárias e laborais. A fisioterapia tornou-se o procedimento terapêutico eleito para sua reabilitação.
Saúde do trabalhador; Lesões ocupacionais; Fisioterapia; Dor musculoesquelética