Resumo
Introdução:
No tratamento e prevenção de doenças pulmonares crônica, o uso da Oxigenoterapia Domiciliar Prolongada (ODP) mostra-se favorável, pois melhora a qualidade de vida, aumenta sobrevida e reduz períodos de hospitalização. No entanto, os autores desconhecem estudos descritivos que relatem o perfil clínico e social dos pacientes que usam ODP no estado do Paraná.
Objetivo:
Analisar o perfil dos usuários do Programa de Oxigenoterapia Domiciliar Prolongada (ODP) no estado do Paraná.
Método:
Foram recrutados todos os indivíduos cadastrados no Programa de ODP da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba. Os participantes responderam a uma ficha estruturada, com questões relacionadas à escolaridade, renda familiar, diagnóstico principal, comorbidades, horas/dia de O2, internamento no último ano.
Resultados:
Foram entrevistados 386 pacientes (67 ± 20,4 anos; 66% gênero feminino). A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) foi a doença mais prevalente (58,5%); 60,6% eram ex-tabagistas e 84,5% não praticavam nenhum tipo de atividade física; a dispneia foi o sintoma mais comum (81,3%) e o imobilismo foi o incomodo mais relatado (33%); 55,7% faziam uso de O2 durante 24 horas; 53,6% necessitaram de internamento no último ano; 33,9% escolaridade até Ensino Fundamental Incompleto; 31,4% com renda de até 1 salário mínimo.
Conclusão:
Usuários de ODP em sua maioria são mulheres, idosas, com DPOC, apresentaram baixa renda familiar e baixo grau de escolaridade. É de extrema importância que os profissionais de saúde levem medidas educativas e preventivas para essa população, a fim de minimizar o impacto da DPOC na comunidade.
Palavras-chave:
Oxigenoterapia; Perfil de Saúde; Pneumopatias