Resumo
Introdução:
O vírus influenza A (H1N1) foi responsável pela pandemia de 2009, com graves complicações principalmente pulmonares.
Objetivo:
descrever características dos pacientes de um hospital universitário da cidade de Curitiba - PR com diagnóstico laboratorial de influenza A (H1N1) e a sua função pulmonar pós alta hospitalar na pandemia de 2009.
Metodologia:
estudo retrospectivo observacional. Utilizou-se como fonte de dados o Serviço de Epidemiologia da instituição (SEPIH) e exames de espirometria de pacientes que estiveram internados em 2009, maiores de 18 anos, sem doença pulmonar associada e não gestantes. Foi utilizado estatística descritiva e aplicado o teste exato de Fisher para relação entre comorbidades e exames de espirometria.
Resultados:
84 casos confirmados, destes 11 foram elegíveis para o estudo com média de idade de 44,27 anos (±9,63), sendo 63,63% do gênero masculino. Dos 11 pacientes 54,54% possuíam comorbidades associadas sendo a hipertensão arterial sistêmica (54,54%), diabetes (18,18%) e pós operatório tardio de transplante renal (18,18%) as mais frequentes. A maioria dos pacientes (81,81%) apresentaram o IMC ≥25kg/m². O exame de espirometria foi realizado cerca de 40,09 (±15,27) dias após a alta, destes, 5 apresentaram padrão restritivo e todos apresentaram alterações na radiografia do tórax. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os resultados apresentados pela espirometria e a relação com comorbidades (p=0,24).
Conclusão:
o grupo avaliado por esta pesquisa não apresentou relações diretas entre a espirometria e comorbidades associadas, porém destacou-se alterações na espirometria em alguns dos pacientes pós alta hospitalar, sugerindo alterações da função pulmonar em decorrência da influenza A (H1N1).
Palavras-chave:
Vírus da Influenza A; Testes de Função Pulmonar; Pandemias