Resumo
Introdução:
O câncer de cabeça e pescoço é responsável por uma crescente incidência de neoplasias malignas primárias no mundo. A radioterapia é um dos tratamentos de escolha para este tipo de câncer, porém pode causar efeitos adversos, como a Disfunção Temporomandibular. O objetivo deste estudo foi caracterizar o grau e a frequência da Disfunção Temporomandibular em pacientes com câncer de cabeça e pescoço submetidos à radioterapia.
Método:
A pesquisa é quantitativa, descritiva e exploratória. A amostra foi composta por 22 pacientes que responderam a uma ficha de avaliação e ao questionário de anamnese de Helkimo modificado por Fonseca (1992). Os dados foram coletados entre maio e outubro de 2014 e analisados estatisticamente através do teste de Qui-Quadrado, com um nível de significância de p ≤ 0,05.
Resultados:
Dos 22 pacientes, 86,4% eram do sexo masculino, com idade média 58.86 ± 9.41 anos. A Disfunção Temporomandibular esteve presente em 31,8% dos indivíduos na avaliação prévia à radioterapia, e em 59,1% na avaliação pós-tratamento. Entre todas as questões, a que mais apresentou incidência foi "Você usa apenas um lado da boca para mastigar?", com 22,7% respostas "sim", tanto na avaliação inicial como na final.
Conclusão:
De acordo com os resultados do presente estudo, a Disfunção Temporomandibular é uma patologia presente e com grande prevalência em pessoas que foram diagnosticadas com câncer de cabeça e pescoço que foram submetidas ao tratamento radioterápico.
Palavras-chave:
Radioterapia; Síndrome da Disfunção da Articulação Temporomandibular; Neoplasias de Cabeça e Pescoço.