Resumo
Introdução:
O aumento do fluxo expiratório é uma manobra da fisioterapia respiratória que promove um direcionamento do fluxo para as vias aéreas superiores, entretanto, quando aplicada em recém-nascidos, pode resultar em uma variação da mobilidade toracoabdominal.
Objetivo:
Avaliar a mobilidade toracoabdominal pela fotogrametria em recém-nascidos após a manobra de aumento do fluxo expiratório.
Métodos:
Estudo experimental, cego, realizado com os recém-nascidos posicionados em supino sobre uma bancada de apoio com o membro superior em flexão, abdução e rotação externa e quadril flexionado a 110°. Foram alocados marcadores adesivos para a delimitação geométrica do compartimento toracoabdominal e o aumento do fluxo expiratório foi realizado por 5 minutos com as mãos do terapeuta sobre o tórax e abdome. Os recém-nascidos foram filmados pré e pós-manobra e os fotogramas foram analisados no software AutoCAD por um pesquisador cego ao momento do experimento. A maior e a menor área toracoabdominal foram expressas em cm2 e os valores médios foram comparados entre os dois momentos (pré e pós manobra) pelo Teste t pareado.
Resultados:
Foram incluídos 20 recém-nascidos com idade média de 39 semanas. Antes da manobra a área toracoabdominal foi 56,1 cm2 durante a expiração e 59,7 cm2 na inspiração e após a manobra o valor foi 56,2 cm2 durante a expiração e 59,8 cm2 durante a inspiração, sem diferença estatística entre o antes e o depois (p = 0,97, p = 0,92, respectivamente).
Conclusão:
Os resultados deste estudo demonstram que a técnica de aumento do fluxo expiratório parece não alterar a mobilidade toracoabdominal de recém-nascidos saudáveis.
Palavras-chave:
Mecânica Respiratória; Fotogrametria; Recém-nascido; Modalidades de Fisioterapia; Fisioterapia