Resumo
Introdução:
Os profissionais da música podem apresentar desconforto musculoesquelético como dor, fraqueza, dormência e formigamento devido à realização de movimentos repetitivos.
Objetivo:
Avaliar a frequência e o índice de severidade dos sintomas musculoesqueléticos (SM) em músicos tecladistas.
Método:
Trabalho do tipo transversal, com inclusão de voluntários de ambos os gêneros, com idade entre 18 a 40 anos, que exercessem a atividade profissional há pelo menos 2 anos e tocassem teclado no mínimo 3h semanais, excluídos daqueles que apresentassem história de traumas, doenças reumáticas e sistêmicas. Os SM e seu índice de severidade foram avaliados com o Nordic Musculoskeletal Questionnaire e a intensidade avaliada em uma escala de 0 a 4. A Diferença entre as porcentagens de relato de dor musculoesquelética por região anatômica foram analisadas através do teste exato de Fisher. Para todas as análises foi adotado o nível de significância de 5%. Esta pesquisa foi aprovada pelo comitê de Ética parecer nº 2.627.609.
Resultados:
Foram avaliados n = 39 voluntários, todos relataram sentir dor ou desconforto em pelo menos um local do corpo. A região corporal apontada com mais desconforto nos últimos 12 meses foram coluna torácica e lombar, ambos n = 27(69,24%) (p < 0,031) e nos últimos sete dias coluna lombar n = 12 (30,76%) (p < 0,001) e o índice de severidade 2 foi o mais frequente n = 21 (54%).
Conclusão:
Pode-se concluir que os músicos tecladistas apresentam sintomas musculoesqueléticos principalmente na coluna vertebral e que a severidade dos sintomas é significativa, sugerindo a importância da prevenção e tratamento dos sintomas musculoesqueléticos antes do seu agravamento.
Palavras-chave:
Dor musculoesquelética; Fisioterapia; Músicos