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Contribuição da prática de exercício resistido e do tipo de parto para a diástase dos músculos retos do abdome em primíparas

RESUMO

O organismo materno sofre alterações fisiológicas e biomecânicas durante a gestação, dentre elas o afastamento dos músculos retos do abdome (MRAs). Os objetivos deste estudo transversal foram: comparar a distância entre os MRAs entre primíparas treinadas e sedentárias que realizaram parto vaginal e cesárea; correlacionar o afastamento dos MRAs com variáveis materno-infantis; e comparar essas variáveis entre primíparas com e sem diástase dos MRAs. Foram avaliadas 56 mulheres na nona semana pós-parto, divididas em quatro grupos de acordo com o tipo de parto e a prática de exercício resistido. A distância entre os MRAs foi mensurada com paquímetro nas regiões supraumbilical, umbilical e infraumbilical. Os dados foram submetidos à análise de variância (Anova), correlação de Pearson e teste t independente. Não houve efeito do tipo de parto, da prática de exercício resistido ou da interação tipo de parto e prática de exercício resistido (p≥0,118) para a distância entre os MRAs. Houve correlação significativa entre peso antes da gestação e distância entre os MRAs (p<0,001). Não houve associação entre ganho de peso na gestação e peso do bebê com a distância entre os MRAs (p≥0,132). Houve diferença significativa no peso antes da gestação entre primíparas com e sem diástase dos MRAs (p<0,005). Não houve diferença entre grupos no ganho de peso na gestação e no peso do bebê (p≥0,122). Conclui-se que a prática de exercício resistido e o tipo de parto não têm impacto no afastamento entre os MRAs nas regiões supraumbilical, umbilical e infraumbilical em primíparas.

Descritores|
Diástase Muscular; Exercício Físico; Fisioterapia; Gravidez; Período Pós-Parto

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