O objetivo foi verificar o efeito de um programa de fisioterapia funcional para crianças com paralisia cerebral, associado a orientações aos pais e/ou cuidadores; e verificar a correlação entre as habilidades funcionais e a assistência do cuidador, utilizando o Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI). Participaram quatro crianças entre 24 e 43 meses de idade, hemiplégicas, espásticas e nível I no sistema de classificação da função motora ampla (GMFCS). Foram realizadas quatro avaliações - uma antes do início do programa, as demais aos 30, 60 e 90 dias após a primeira -, empregando-se as partes I (Habilidades funcionais) e II (Assistência do cuidador) do PEDI. As crianças foram submetidas a sessões de uma hora de fisioterapia funcional três vezes por semana, durante três meses: duas vezes a sessão era de fisioterapia com base no conceito neuroevolutivo Bobath e uma vez, treino de atividades da vida diária. Também foram dadas orientações por escrito aos pais e/ou cuidadores quanto à assistência à criança, incentivando-os a praticá-la em casa. A análise dos resultados mostrou que, na última avaliação, as crianças obtiveram escores significativamente maiores que na primeira. Foi verificada correlação altamente significativa (r=1,0; p=0,083) entre as partes I e II. O programa de fisioterapia funcional associado às orientações aos pais e/ou cuidadores foi efetivo em melhorar o desempenho funcional de crianças nível I com hemiplegia espástica.
Criança; Cuidadores; Modalidades de fisioterapia; Paralisia cerebral