SAÚDE DO TRABALHADOR
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“Uma colega está tomando tarja preta, é aquilo que você falou... ‘Você não pode se culpar pela doença, mas acabava se culpando’. Eu também cheguei à conclusão que estou doente. Aí eu procurei um psiquiatra. Quero licença??? - Não, não quero!! Prefiro o remédio. Então estou tomando remédio, tô dançando como está tocando, então estou acomodando, não estou fazendo nada e ninguém está fazendo nada” (Professora F). |
Relatos de uso de medicamentos psicotrópicos
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“Acho que o problema não é a escada, é que não tem banheiro e nem bebedouro lá em cima. Então tem que descer para tudo (professora F) |
1) Planejamento coletivo para o retorno da pesquisa para a secretaria. |
“Cheguei em casa e pensei comigo mesma: Eu sou capaz, eu vou conseguir. Aí comecei a colocar Deus na minha vida. Na sala de aula, em vez de passar a leitura, eu passava música de Evangelho para os alunos e de repente a turma mudou e meu problema todo acabou. Não tomei nenhum tipo de remédio para dormir. A gente tem que acreditar que a gente é capaz” (Professora G). |
Estratégias individuais de enfrentamento
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“Em todas as escolas que eu trabalho, e já trabalhei em várias escolas, tem um ou dois professores que estão enlouquecendo como ambiente escolar. É um acúmulo de coisas, é o barulho, é o aluno, é a violência, é a própria dinâmica escolar. Isso tudo, para o profissional que não tem estrutura, é uma avalanche”(Professor J.) |
Espaço físico inadequado
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“Vamos melhorar o salário. Eu trabalho o dia inteiro porque meu salário é baixo” (Professora A). |
Salários baixos
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“E quem trabalha em dois horários, tem que subir e descer toda hora. E não bebe água. Resseca a garganta e segura a urina o tempo todo” (Professor B) |
2) Entender junto ao setor da perícia médica, no âmbito municipal, a questão do nexo-causal relativo a doenças relacionadas com o trabalho. |
“Acho que o problema não é a escada, é que não tem banheiro e nem bebedouro lá em cima. Então tem que descer para tudo. (Professor H) |
Dificultadores
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“E quem trabalha em dois horários, tem que subir e descer toda hora. E não bebe água. Resseca a garganta e segura a urina o tempo todo”. |
1) fragilidade da rede interna |
“Todas as salas deveriam ser bem arejadas e localizadas no andar de cima que não tem barulho. Sala próxima ao refeitório é horrível, devido ao barulho (Professora M). |
2) culpabilização recorrente |
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3) planejamento individual |
“Mas, afinal, o lamento não é uma expressão de potência? Como trabalhar com essa questão?” (Pesquisador) |
3) Viabilização de alterações no espaço físico. |
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4) estrutura física inadequada e maldistribuída |
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5) questão salarial |
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6) espaço para análise coletiva dos processos de trabalho |
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Facilitadores
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“Se a organização não acontece, interfere na sua saúde. E se eu tenho um piripaque aqui dentro? É acidente de trabalho” (Professora M). |
4) Produção de um Fórum para o debate e viabilidade de implementação de Comissão de Saúde do Trabalhador da Educação (COSATE) nas escolas |
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1) cooperação entre professores quando algum professor precisa se ausentar da sala |
“Tem professor que já fica lá em cima e não desce na hora do recreio para não ter que subir de volta. Isso tem prejuízo para saúde. Não vai ao banheiro. Não bebe água suficiente” (professora E). |
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2) relações entre professores e entre estes e o gestor |
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3) relação entre alunos e professores |
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4) professores trabalhando dois turnos na mesma escola
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FORMAÇÃO
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"Sala da biblioteca é a sala de planejamento. Fazemos planejamento semanal, quinzenal e cada um tem o horário do planejamento. O planejamento da diretora envolve todo mundo. Quando fazemos o planejamento junto é bem melhor" (Professor C). |
Entendimento sobre formação
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"As vezes acontece de dar resposta logo, né?" [Ao ser questionada por corrigir um aluno que escrevia a resposta do exercício no quadro]". (Professora F) |
1) Potencialização dos processos de formação e estudos coletivos com todos os trabalhadores da escola |
"Liberamos os alunos mais cedo e não vão [os professores] à assembleia. Vão para casa, vão para o shopping" (professora F) |
Tempo cronológico reduzido dentro da carga horária prescrita
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"Eu não deixo ninguém falar e pergunto para ele o que está faltando". (Professora F). |
2) planejamento coletivo dos momentos de planejamento pedagógico. |
"No dia que resolver todo mundo sentar e planejar, acho que alguma coisa vai mudar" (Professora N). |
Intensificação do trabalho
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"Acho que a gente deveria ser filmado [dando aula], porque assim a gente encontra os pontos negativos, até para estar melhorando" (Professora N). |
3) implementação de estudos e discussões conectados às demandas do trabalho na escola. |
"Prepara uma atividade para a 2ª série e o menino tem 12 anos, vai fazer o quê? Vai ficar chato. A gente tem que driblar isso" (Professor P). |
Limitação da formação aos espaços de capacitação
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"Você viu quando passou a imagem como foi interessante? Às vezes quanto retomava a conversa de 15 dias atrás ficava mais difícil, quando tem o vídeo fica mais fácil". (Professora F). |
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As dificuldades de aprendizagem e educação especial trazem sofrimento, adoecimento ao professor (Professora A). |
Dificultadores
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"Falta de planejamento e interação. Um puxa pra lá, outro puxa pra cá. Conversei com o coordenador, mas a maioria já estava pronta para a abertura e ele não se opôs à maioria. Eu não estava pronta para a abertura" (Professora C). |
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"A gente tá acostumado a fazer as coisas de improviso. Mas dá certo porque a gente faz acontecer" (Professora C). |
1) mau aproveitamento dos espaços e tempos para formação |
"Formação é importante para o profissional dentro do seu horário de trabalho" (professor B). |
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[história dos alunos abraçando-a e dizendo que gostam da professora na hora da gravação]. "Teve a rejeição e aos poucos eu fui conquistando eles até chegar ao ponto que está hoje" (Professora F). |
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2) pouco tempo para encontros |
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3) entendimento da formação apenas como capacitação |
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Facilitadores
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1) encontros para discussão sobre formação |
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2) compartilhamento das experiências |
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3) espaços para planejamento coletivo |
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