Acessibilidade / Reportar erro

Prazeres, práticas sexuais e abjeção: travestis, transexuais e os limites em ser “gente”

Pleasures, sexual practices and abjection: travestis, transsexuals and limits of “being a person”

Resumo

A proposta deste texto é estabelecer diálogos com os estudos sobre as travestilidades e transexualidades que possam contribuir para as problematizações acerca dos modos de subjetivação e práticas sexuais dissidentes e abjetas. As expressões de gêneros desviantes dos modelos de produção normativos são sublinhadas, neste diálogo, a partir da exploração dos prazeres e práticas sexuais que transbordam visões naturalizadas e reprodutivas, iniciando com a problematização da prostituição como modo de vida, trabalho, socialização e de descoberta de saberes em relação às práticas sexuais. Tais problematizações partem de duas pesquisas realizadas em pós-graduação em Psicologia, ambas sob orientação do método da cartografia e desenvolvidas com participantes do movimento social organizado. Com base em perspectivas teórico-políticas queer, procuramos por posições alternativas que não tomem a dissidência pelo viés da negatividade, mas interessados nas pedagogias alternativas que operam nos territórios de subjetivação trans e que ampliam as noções sobre “ser gente”. Assim, entendemos que estas problematizações podem estabelecer conexões com outras experiências e provocar a ampliação de esquemas de saber que considerem as dissidências como formas de resistências micropolíticas e desejantes.

Palavras-chave:
práticas sexuais; travestilidades e transexualidades; perspectivas queer

Universidade Federal Fluminense, Departamento de Psicologia Campus do Gragoatá, bl O, sala 334, 24210-201 - Niterói - RJ - Brasil, Tel.: +55 21 2629-2845 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: revista_fractal@yahoo.com.br