RESUMO
O artigo propõe uma análise centrada no lapso emocional, enfocando sua influência em dois aspectos cruciais. Em primeiro lugar, explora o impacto ontológico do lapso emocional na inabilidade das máquinas em desenvolver um senso moral. A falta de emoções ou sentimentos morais, como a simpatia, representa um obstáculo para as máquinas compreenderem e responderem de maneira ética a certas situações, o que levanta questões fundamentais sobre a capacidade das máquinas em discernir valores éticos de forma autônoma. Por outro lado, vamos lançar luz sobre a questão prática que surge nas relações humano-máquina e seu impacto na relação humana de amizade. A ausência de simpatia ou equivalente moral nas interações com máquinas levantam preocupações sobre a possibilidade de substituição ou comprometimento das conexões interpessoais genuínas.
Palavras-chave:
inteligência artificial; agência; emoção; senso moral; amizade