Resumo
Baseado na classificação que Harry Pross desenvolveu em 1972 a nível de meios primários, secundários e terciários e de como estes afetam, influenciam e influenciaram nossas vidas, o presente trabalho tratará de aprofundar em como num mundo próximo a uma quaternária de meios, mediações e dispositivos, transformam-se nossos corpos. Transformações que já não são, necessariamente, apenas físicas, mas também psicológicas e emocionais, conseguindo hiperativar novas formas de vincular-se com as tecnologias e de como estas se relacionam com os corpos. Ou seja, os corpos consomem imagens através da produção mediática e, por sua vez e como características próprias do mundo quaternário, estas imagens começam a consumir corpos. Corpos que se vão desmembrando pela presença excessiva de imagens, deixando de lado sua vital corporalidade e entrando de pleno em sua representação, transparência e desaparecimento desde a obscuridade icônica. O que, juntamente com Baitello Junior (2014)BAITELLO JUNIOR, Norval. A era da iconofagia. Reflexões sobre imagen, comunicacão, mídia e cultura. São Paulo: PAULUS, 2014. podemos interpretar como a radicalidade de uma nulodimensional era da iconofagia: as imagens comem os corpos.
Palavras-chave
corpos; mídia; rede de mídia