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Sob cerco: a ascensão do populismo de direita ou será que o Demos ficou doido?

Resumo

O título deste artigo faz um trocadilho com as palavras democracia e “demo-loucura”. No entanto, tal trocadilho não é uma brincadeira, como as eleições dos c ndidatos iliberais e autoritários nos Estados Unidos, Filipinas, Hungria, Turquia e Brasil (para nomear apenas alguns), que têm colocado em questão o futuro modelo da política. As políticas eleitorais estão sob o cerco de novos partidos bem como de movimentos espontâneos. Há questões fundamentais que precisam ser pontuadas. Quais são as razões para o aumento do populismo de direita? O populismo é anti-democrático? Qual tem sido o papel das mídias sociais e dos ICTs para criar um novo espectro político? Política e socialmente, o que significa termos entrado e uma era da pós-verdade? A demos não se tornou alucinante, mas a democracia certamente está em retrocesso. Este artigo argumenta que o liberalismo precisa construir uma contra narrativa em contraste à arrogância do medo e à falsa nostalgia da direita. A retórica da direita é oportunista, mas seria um erro fatal desmerecer sua aparência. Afinal, ela tem ganhado eleições. A demos não é alucinante, mas tem sido ignorada e, em muitos casos, deixada para trás. O populismo positivo é fundado na dignidade e na justiça humanas. Essa é a essência da democracia.

Palavras-chaves
populismo; fake-news; mídias sociais; ciber-utopia; ciber-distopia; democracia; autoritarismo

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