Resumo
Este artigo analisa um material de arquivo audiovisual composto de edições do Jornal Nacional (JN) que foram ao ar em março de 2016, com base em um instrumental crítico do campo dos estudos fílmicos. Consideramos esse corpus “arquivos do presente” (LINS, 2012LINS, C. A arte de desmontar e remontar imagens: apropriação de arquivos no documentário brasileiro contemporâneo. In: HALLAK D’ANGELO, R. & F. (org.). Cinema sem fronteiras. Belo Horizonte: Universo Produções, 2012.), nos quais identificamos um modo dominante de atuação do JN como caixa de ressonância tanto de acusações não confirmadas quanto da divulgação delas em outras mídias. Este texto foca o tratamento do JN dado à delação premiada do então senador do Partido dos Trabalhadores (PT) Delcídio do Amaral e a dinâmica imagética nas edições selecionadas – questões que revelam o excesso e a repetição como procedimentos fundamentais de uma “toxicidade” (ELSAESSER, 2014ELSAESSER, T. The Ethics of appropriation: found footage between archive and internet. Keynote Recycled Cinema Symposium DOKU.ARTS, 2014. Disponível em: <http://2014.doku-arts.de/content/sidebar_fachtagung/Ethics-of-Appropriation.pdf>. Acesso em: 7 abr. 2022.
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gradual que atinge o espectador.
Palavras-Chave
Jornal Nacional
; cinema; arquivos do presente; toxicidade