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Mudança do perfil atendido pelas políticas públicas habitacionais e aumento dos bens não de uso: endividamento, retomada de imóveis e mais impacto na população de baixa renda

Resumo

O crédito foi usado como ferramenta de acesso à moradia no Brasil, e a consequência desse fenômeno foi a perda de imóveis por endividamento. Estudam-se aqui os imóveis retomados pela Caixa Econômica Federal (CEF) nos distritos de Campo Limpo e Vila Andrade, em São Paulo, caracterizados respectivamente por população de baixa e alta renda. O levantamento de dados dos lançamentos imobiliários da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp) explicitou o redirecionamento dos recursos habitacionais do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) para as maiores rendas, fato que excluiu a baixa renda do acesso à moradia. Por meio de dados da CEF acerca dos bens não de uso (imóveis retomados e em estoque), compara-se o impacto da retomada entre populações de perfis socioeconômicos diferentes. A partir dos dados de Campo Limpo e Vila Andrade, constatou-se que as rendas mais baixas sofrem mais impacto das retomadas.

Palavras-chave:
Crédito; Endividamento; Perfil socioeconômico; Retomada de imóveis; Bens não de uso

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