Resumo
Nas últimas décadas, a localização do Entreposto da Companhia de Abastecimento Geral do Estado de São Paulo (CEAGESP) na capital paulista tornou-se objeto de discussão crescente diante das transformações gerais dessa metrópole. Este artigo propõe uma reflexão a partir de elementos subjacentes ao ensejo da transferência do armazém, apontando que a compreensão adequada de seus termos necessita da perspectiva da produção do espaço de São Paulo. Assim, apresenta-se o cruzamento de dois níveis capaz de apresentar o sentido da (re)produção da metrópole paulista na atualidade. O primeiro está circunscrito às imediações da Companhia frente a processos emergentes na Vila Leopoldina; enquanto o segundo se refere à produção de um novo perímetro capaz de alocar investimentos urbanos do porte exigido para tal transferência. Por fim, este entrelaçamento é interpretado no âmago da repercussão das contradições exacerbadas do capital na produção do espaço metropolitano paulistano.
Palavras-Chave:
metrópole; urbanização crítica; CEAGESP; São Paulo; Rodoanel Mário Covas