Resumo
O espaço geográfico decorre das virtualidades existenciais de múltiplas relações terrestres e das formas pelas quais elas se correlacionam com o habitar de entidades humanas e não-humanas. Desse modo, o presente ensaio almeja problematizar as potencialidades analíticas do coabitar mais-que-humano no nexo dos lugares. Para tanto, parte-se de um contato dialógico entre os estudos da Geografia Cultural e Humanista com a filosofia ecofenomenológica. Nessa intersecção, vislumbra-se os modos como os lugares são coabitados por confluências de senciências terrestres. Os mundos mais-que-humanos que costuram a realidade geográfica revelam que a experiência de ser-na-e-da-Terra é pautada em dinâmicas de coabitação que enovelam intersubjetividades e intercorporeidades. Conclui-se que coabitar os lugares envolve a emergência de convivialidades entre ciclos e ritmos telúricos de reversibilidades.
Palavras-chave:
Terra; Habitar; Mundos mais-que-humanos; Lar