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Geografias do rentismo nas relações agroalimentares, algumas reflexões a partir da Chapada Diamantina

Resumo

Neste artigo, defendo a necessidade de dar conta dos processos de consolidação do rentismo nas relações agroalimentares mediante a formação de territórios-rede do agronegócio. Para isso, examino as estratégias de captura da renda por parte do setor na Chapada Diamantina, Bahia, Brasil. Estas estratégias se fundamentam no domínio de recursos espaciais chave e na integração dos espaços de expansão da agricultura corporativa nas redes territoriais das companhias através das quais o valor produzido é capturado na forma de renda. Inspiro-me para isto em: 1) as conceitualizações recentes sobre o rentismo dos processos atuais de reestruturação do capitalismo que dão destaque ao estabelecimento de regimes diferenciados de propriedade; 2) os trabalhos da geografia crítica brasileira que sinalam a variedade de formas espaciais e institucionais construídas para a extração de renda do setor ao longo do tempo. Desta maneira, o texto contribui ao entendimento da multiplicação das posições a partir das quais as empresas exercem controle sobre a circulação de valor nas redes de produção.

Palavras-chave:
Agronegócio; rentismo; Brasil; redes; território

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