Resumo
Este artigo propõe um conjunto de fontes históricas que ajudam a identificar e desvendar práticas financeirizadas na produção das cidades nas primeiras décadas dos novecentos, incluindo cidades periféricas como a Parahyba. Essas práticas se basearam em instrumentos jurídicos e financeiros criados naquele momento histórico, voltados ao mercado de crédito e que envolviam, entre outros bens, a propriedade imobiliária. Os referidos instrumentos - letras hipotecárias, títulos de empréstimo ou de ações, entre outros - se desdobravam de escrituras públicas registradas nos livros notariais dos cartórios e eram estampados em anúncios e notícias dos jornais da época. Aqui, são tratados não apenas pelas informações e dados empíricos que nos fornecem, mas também como instrumentos do processo de mobilização da cidade como mercadoria.
Palavras-chave:
Cidade da Parahyba; Escrituras e jornais; Primeira República; Práticas financeirizadas; Valorização do espaço