Estudos genéticos da relação da resistência da antracnose do painel, caracteres da produção e vigor da seringueira [Hevea brasiliensis (Willd. ex. Adr. de Juss.) Muell-Arg] foram conduzidos em 18 progenies de meios-irmãos na Estação Experimental de Pindorama, Estado de São Paulo. Os resultados obtidos mostraram diferenças genéticas significativas entre progenies para a maioria dos caracteres estudados. Os componentes genéticos da variância contribuíram com 3,37% da variância fenotípica para área infectada, 6,07% para comprimento de estrias, ambos causados pela anthracnose, 12,74% para produção, 12,13% para perímetro do caule, 19,82% para espessura de casca virgem e 3,58% para número total de vasos laticíferos. As herdabilidades no sentido restrito para os caracteres acima foram: 13,45%, 24,30%, 50,97%, 48,52%, 79,30% e 14,30%, respectivamente. Correlações significativas não foram encontradas entre antracnose do painel e caracteres da produção e perímetro do caule. A distribuição de freqüência de antracnose sugere que o caráter é poligênico. A seleção das três melhores progênies resultaria em um ganho genético para antracnose de 12,87% e 24,24% para área infectada e comprimento das estrias, respectivamente. A seleção dos cinco melhores indivíduos dentre os 50 indivíduos de cada progênie, para ambos os caracteres, resultaria em ganho genético de 9,47% e 24,62% com ganho total de 22,34% e 48,87%, respectivamente.