O objetivo desse trabalho foi obter informações que possam auxiliar os melhoristas de feijão, quando da decisão sobre a escolha do número de famílias de uma população segregante que deverá ser avaliada para maior eficiência com a seleção. Para isso, utilizaram-se dados experimentais de avaliação de nove populações segregantes do programa de melhoramento do feijoeiro da Universidade Federal de Lavras, conduzidos no período de 1992 a 1997, com o número de famílias variando de 169 a 295 e com a estimativa de herdabilidade (h²) para a produtividade de grãos, na média das famílias, no intervalo de 5.3 a 82.0%. Utilizando o desempenho médio das famílias, foram simulados diferentes tamanhos de amostras, variando de 10 em 10, a partir de tamanho 30, até o número total de famílias avaliadas em cada caso. Foram efetuadas 1.000 simulações para cada tamanho de amostra. Com os dados foram estimados a variância fenotípica média, a mínima, a máxima e o erro padrão da variância. Utilizando a distribuição de chi² foi estimada a probabilidade de ocorrência de um dado valor da variância fenotípica entre média das famílias, para cada tamanho de amostra, considerando h² nula, ou com valores correspondentes a 0.25, 0.50 ou 0.75 da herdabilidade obtida com todas as famílias sendo avaliadas. Constatou-se que, nas condições da precisão experimental em que são conduzidos os programas de melhoramento do feijoeiro na região, com a utilização de um número de famílias inferiores a 100, a probabilidade de sucesso com a seleção é reduzida.