Aspectos morfológicos indicativos do grau de desenvolvimento dos ovários de meliponíneos indicaram um possível efeito estimulador da rainha sobre o desenvolvimento do ovário e a produção de ovos tróficos em algumas espécies. Há também indicações de que a rainha inibe a produção de ovos férteis pelas operárias. Esta inibição pode caracterizar-se por um retardamento na postura de ovos férteis, até que a operária esteja fora do contacto direto com a rainha, ou por um não desenvolvimento dos ovários na sua presença, como visto em Leutrotrigona muelleri. A tendência evolutiva, para uma total inabilidade para a produção de ovos férteis pelas operárias, tem sua representação extrema na reabsorção do ovário na pupa, como ocorre em Frieseomelitta silvestri. Por outro lado, a presença, em algumas espécies com determinação trófica das castas, de rainhas anãs com o número básico (quatro) de ovaríolos nos ovários, ao lado de rainhas normais, determinadas troficamente, com números maiores de ovaríolos em seus ovários demonstra a influência do alimento sobre este caráter, como em Apis mellifera.