Dados relativos a fertilidade, mortalidade e migração de quatro comunidades de índios Mapuche localizadas em uma área linear na direção nordeste-sudoeste com 215 km de extensão na Província de Rio Negro, Argentina, foram associados com a informação genética fornecida por nove sistemas de grupos sangüíneos e os haplogrupos do DNA mitocondrial. Ambos os tipos de informação apontam claramente para uma dicotomia, as quatro populações sendo divididas em grupos de duas. O principal fator responsável por esta separação é provavelmente graus diferentes de mistura com não-índios. A variabilidade genética total foi muito similar em todos os grupos, aquela entre populações sendo de apenas 10% deste valor. Foi confirmada a baixa prevalência do antígeno Diego(a) entre os Mapuche. O fato de que heterogeneidade genética significativa e conjuntos populacionais diversos foram observados em uma região territorial tão pequena demonstra a sensibilidade dos enfoques demográfico e genético no esclarecimento da história humana.