Damiani (2008)/26 países, 13 emergentes e 13 desenvolvidos (1971-2006) |
Este trabalho teve por objetivo discutir a relação do câmbio com o crescimento econômico em países emergentes em comparação com países desenvolvidos. Os resultados empíricos nele encontrados sustentam a importância da taxa de câmbio como elemento relevante a ser considerado para trajetórias de crescimento, para países ricos e emergentes, sublinhando os efeitos da volatilidade cambial de regimes cambiais em contextos inflacionários sobre o crescimento desses últimos. No artigo são apresentados os resultados gerados por um painel dinâmico que testou a relação do crescimento econômico com a volatilidade cambial e a escolha do regime cambial de 26 países. Os resultados dos emergentes sugerem uma maior vulnerabilidade à volatilidade cambial, assim como uma maior relevância do regime cambial adotado. Já para os desenvolvidos apenas a escolha dos regimes é relevante; porém de uma forma consideravelmente mais atenuada. |
Araújo (2009)/90 países emergentes (1980-2007) |
O autor investigou a relação entre crescimento econômico e volatilidade da taxa de câmbio em países emergentes e em desenvolvimento. Estimou-se um modelo que relaciona o crescimento econômico a volatilidade do câmbio em um painel de dados. As estimativas indicaram um impacto negativo e altamente significante da volatilidade cambial sobre o crescimento econômico, confirmando a predição teórica de que a instabilidade cambial tem efeitos negativos para a economia real. As estimativas mostraram que a volatilidade cambial tem efeito negativo e significante sobre o crescimento econômico no conjunto de países estudados, sugerindo que esses obteriam benefício de políticas que contribuíssem para maior estabilidade de suas taxas cambiais. |
Schnabl (2007)/41 países da periferia da União Monetária Européia (1994-2005) |
O autor estudou taxa de câmbio real e performance econômica e, como resultado, as estimações revelaram uma relação inversa e estatisticamente significativa entre volatilidade da taxa de câmbio e crescimento econômico nos países em desenvolvimento com abertura financeira. Para o grupo de países industrializados europeus não pertencentes à União Monetária, os benefícios de taxas estáveis de câmbio pareceram mais fracos. Isto pode dever-se ao fato de que mercados de capitais mais desenvolvidos tornam-se menos vulnerável à variação cambial. |
Aghion et al. (2009) Aghion, P., Bacchetta, P., Ranciere, R., & Rogoff, K. (2009). Exchange rate volatility and productivity growth: the role of financial development. Journal of Monetary Economics, 56(4), 494-513. http://dx.doi.org/10.1016/j.jmoneco.2009.03.015. http://dx.doi.org/10.1016/j.jmoneco.200...
/83 países (1960-2001) |
Os resultados empíricos indicaram que a volatilidade do câmbio real tem impacto negativo no crescimento da produtividade de longo prazo, sendo que o efeito depende criticamente do nível de desenvolvimento financeiro. Os resultados se mostraram robustos para a janela de tempo, medidas alternativas de desenvolvimento financeiro e volatilidade da taxa de câmbio e valores discrepantes. |
Kittiakarasakun & Tse (2011)/Retorno dos índices acionários da Ásia (1989-2009) |
Os autores analisaram se os retornos de ações nos mercados asiáticos são caracterizados por variância infinita ou por uma grande variação, o que tem uma implicação importante para a aplicabilidade de muitos modelos financeiros em dados de mercado asiático. Foi aplicado o método de Value-at-Risk utilizando-se dados asiáticos e norte-americanos e não foi encontrada nenhuma diferença significativa no desempenho. Também foi aplicada a Teoria de Valores Extremos (TVE) para caracterizar as distribuições de retorno dos índices acionários. Os autores analisaram que os mercados de ação asiáticos são mais voláteis do que os mercados desenvolvidos, mas as ocorrências de mudanças extremas de preços são tão prováveis nos mercados asiáticos como em mercados desenvolvidos. |
Bekaert & Harvey (2000) Bekaert, G., & Harvey, C. R. (2000). Capital flows and the behavior of emerging market equity returns (Fuqua School of Business Working Paper, No. 9807, pp. 159-194) . Chicago: University of Chicago Press. http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.103120. http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.103120 ...
/17 países (1977-1996) |
Este trabalho teve por objetivo identificar quebras nos fluxos de capital próprio de 17 países. Dentre esses, 16 apresentaram interrupção associada a um aumento dos fluxos líquidos de capital. Em alguns países, parece que os fluxos de títulos precederam os fluxos de capital. Analisou-se que os retornos esperados diminuem após quebras significativas nos fluxos de capital. Além disso, o risco diminui, pelo menos como medido pela classificação do país, e as correlações dos retornos de capital com o mercado mundial é maior. Analisou-se que o aumento dos fluxos de capitais está associado a um menor custo de capital, maior correlação com os retornos do mercado mundial, menor concentração de ativos, menor inflação, maior tamanho do mercado em relação ao PIB, mais comércio e, ligeiramente, a maior crescimento econômico per capita. |