RESUMO
Este artigo procura descrever a primeira edição brasileira de Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett. Presta-se atenção ao “Archivo Theatral”, a colecção na qual a edição foi incluída, e também a Junius Villeneuve, o responsável pela tipografia que imprimiu o texto. É este o pano de fundo para a identificação e análise da variação textual encontrada no confronto da edição brasileira com a portuguesa. Depois de algumas observações sobre o lugar da publicação de Villeneuve na transmissão impressa do drama, as variantes são interpretadas segundo o famoso par de qualificativos cunhado por Walter Greg, substantivo e acidental. Defende-se que a edição brasileira adoptou um entendimento bastante inclusivo do que é acidental no texto português, podendo servir de corpus interessante para uma história comparada da língua portuguesa oitocentista nas variantes brasileira e europeia ou, pelo menos, para um melhor conhecimento de práticas textuais no âmbito da publicação de obras dramáticas.
PALAVRAS-CHAVE:
Almeida Garrett; Frei Luís de Sousa; história textual