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Estrutura da informação no grego antigo

RESUMO

O objetivo deste artigo é fornecer uma descrição da estrutura de informação em grego antigo considerando a semântica dos modos e o aspecto verbal em cláusula complexa, em particular o uso do particípio posto antes da oração principal. Da perspectiva da estrutura de informação, três tipos de particípios são descritos: particípio circunstancial (CP), particípio genitivo absoluto (AGP), funcionando como referência de rastreamento, e particípio atualizado (UP), baseado na semântica do particípio como pressuposição factível (modulação). Argumenta-se que a semântica dessa forma nominal contribui para o processamento da estrutura de informação desses usos do particípio como uma gestão de base comum em orações complexas. Além disso, levando em conta sua semântica de modulação, o particípio é um dispositivo sintático para a codificação da estrutura de informação, o que contribui para a pragmática do rastreamento de referência (RT) e seus usos adverbiais. As amostras são retiradas do grego clássico (as comédias de Aristófanes) e do grego bíblico (o livro de Atos). A abordagem teórica é a Linguística Sistêmico-Funcional (LSF) aplicada à língua grega (PORTER, 2021, 2015, 2009, 1993; ALBUQUERQUE, 2020, 2018, REED, 1997), com os resultados dos estudos de estrutura de informação (MATIĆ et al., 2014; KRIFKA e MUSAN, 2012; LAMBRECHT, 1994; CHAFE, 1987), utilizando as noções de Dado/Novo, plano de fundo/prominência e pressuposto/asserção.

Palavras-chave:
Estrutura da informação; Pressuposição factível; Semântica modal; Aspectos verbais; Particípio grego

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