RESUMO:
Este artigo focaliza a naturalização do individualismo neoliberal online, a performance da desigualdade profunda como um recurso estilístico sensual e a equalização entre o capital e as relações sexuais. Para tanto, destaca-se o parentesco entre a Declaração Universal dos Direitos Humanos e o Neoliberalismo. Em seguida, argumentamos que o Grindr foi planejado para nos fazer retornar constantemente a ele, sujeitando-nos, assim, a abusos pelos desenvolvedores do aplicativo. Passamos então à análise dos dados gerados por meio da erótica dos signos (BONFANTE, 2016), metodologia que sublinha performances sexual-capitais que trazem dois fenômenos relacionados à nossa atenção: o espraiamento de práticas neoliberais no Grindr e a disseminação da perspectiva do sexo como produto comercial. Por fim, consideramos os ganhos éticos e epistemológicos do nosso trabalho.
Palavras-chave:
Direitos Humanos; Grindr; Neoliberalismo; Erótica dos signos; Indexicalidade; Linguística Aplicada