RESUMO
Em 1945, com o fim do Estado Novo, um grupo de intelectuais decidiu retomar o projeto de padronização da pronúncia proposto por Mário de Andrade e discutido no Primeiro Congresso da Língua Nacional Cantada (1937). A iniciativa coube inicialmente à Secretaria Geral de Educação e Cultura do Distrito Federal, que não conseguiu levá-la adiante, e acabou incorporada aos planos do Centro de Pesquisa da Casa de Rui Barbosa. Este trabalho investiga os preparativos para o II Congresso da Língua Nacional Falada e Cantada, examinando sua repercussão na imprensa, sobretudo as declarações de membros da Comissão Organizadora do evento, e as reações de articulistas nos jornais. A investigação esclarece como o evento foi organizado, por que não aconteceu e quais eram suas motivações, abordando a perspectiva dos organizadores quanto à padronização da pronúncia como um projeto glotopolítico.
Palavras-chave:
Língua nacional; Padronização linguística; Glotopolítica; Radiodifusão