Resumo
Ao discorrer sobre o “Futuro do Etnocentrismo”, este artigo parte da premissa de que a globalização, apesar de ter – em muitos casos – diminuído as diferenças entre povos, não tem amenizado os preconceitos e as formas de discriminação que ocorrem em nome dessas diferenças. Ele resgata a importância do antropólogo neste cenário lembrando que a diversidade cultural faz parte da sociedade complexa, remetendo-se não apenas a grupos étnicos ou nacionais bem delimitados, mas também a diferenças de geração, gênero, sexo e classe, entre outros. Neste contexto, a tolerância passiva de modos distantes de vida assim como a aceitação pragmática de nosso próprio paroquialismo são atitudes não somente intelectualmente desonestas mas também moralmente repreensíveis. É no encontro incômodo de subjetividades variantes na sua própria sociedade que o antropólogo define seu lugar.
Palavras-chave
alteridade; diversidade cultural; etnocentrismo; teoria antropológica