O artigo aborda as relações entre o episcopado católico brasileiro e seu posicionamento como grupo de representação frente ao universo da "política" e do "social". A análise procura evidenciar, por um lado, a lógica dos mecanismos de produção de representações do alto clero como grupo homogêneo destinado a produzir mensagens unívocas para públicos variados e, por outro lado, um conjunto variado de estratégias de elaboração e apresentação de discursos institucionais adequados à "realidade do país" e do "mundo" e que visam a legitimar a posição da Igreja como instituição capaz de falar com autoridade sobre ampla gama de temas.
elite eclesiástica; episcopado; Igreja católica; política