Resumo
Os programas dos pregadores da televisão americana – os “televangelistas” – são muito influenciados pelos aportes, com vantagens e lacunas, da mídia audiovisual. Assim, os televangelistas, cujo objetivo fixado ê a salvação de seu público, procuram interações com os telespectadores, convocados a escrever e a telefonar ao ministério, para solicitar conselhos, para orações de intercessão, para fazer doações que garantam o financiamento de suas atividades. Consequentemente, mesmo sem comunidade cultual, constitui-se uma espécie de “igreja eletrônica”. Para atrair os telespectadores, os programas são realizados com profissionalismo e comportam uma parte importante de espetáculo (música, canto). Como querem atingir um público mais amplo possível, os televangelistas evitam todo espírito doutrinário e a maior parte deles se abstém de admoestar suas “ovelhas”. Certos televangelistas, com a aquisição de estacões televisivas e a colocação em funcionamento de canais especializados, se engajam assim nos negócios audio-visuais, muitas vezes bastante rentáveis. O televangelismo, com seus traços específicos, representa o encontro de dois componentes essenciais – religião e televisão – do modo de vida dos Estados Unidos.
Palavras-chave
Estados Unidos; mídia; religião; televangelismo