Resumo
O milagre que se fala na Igreja Universal não é o milagre tal como define a tradição. Com efeito, de Agostinho a Hobbes o milagre é definido como um fato extraordinário que não se explica por causas naturais. A autoridade intervirá para determinar se se trata de uma intervenção divina. A narrativa de milagre da Igreja Universal é construída sobre um outra argumentação. O milagre se repete; ele possui, portanto, probabilidades de intervir em nossa vida. A narrativa do milagre o torna verdadeiro. O presente texto é uma análise do discurso de 68 narrativas de milagre da Igreja Universal. Ao menos quatro procedimentos discursivos são postos em prática para sustentar o funcionamento da argumentação da banalização do milagre.
Palavras-chave
Igreja Universal do Reino de Deus; milagre; pentencostalismo; religião