Resumo
A aproximação entre igrejas e atores evangélicos com o governo federal no corrente cenário político brasileiro tem levantado uma série de especulações, especialmente aquelas que associam essas igrejas com o neoliberalismo e governos populistas. Apesar disso, este artigo propõe uma diferente abordagem, objetivando demonstrar como igrejas da terceira onda do pentecostalismo, especialmente a Igreja Universal, estão engajadas com a mais recente fase da democracia brasileira, que foi iniciada no fim dos anos 1980. O desenvolvimento da Igreja Universal e o da democracia brasileira são pensados em paralelo aqui, iluminando as diferentes conexões e arranjos políticos de que essa igreja tem feito parte nas últimas décadas. Isso torna possível entender o que as alianças entre a Igreja Universal e a presidência do país na verdade significam para a igreja enquanto instituição e para os seus membros.
Palavras-chave:
Brasil; democracia; pentecostalismo; política