A cultura da batata é hospedeira de diversos insetos, sendo a vaquinha, Diabrotica speciosa (Coleoptera: Chrysomelidae), um dos mais nocivos. Devido às falhas de controle químico, associadas às exigências da produção integrada da batata (PIB) exigindo medidas sustentáveis, objetivou-se caracterizar clones avançados do programa de melhoramento genético de batata da Embrapa quanto à resistência ao inseto, em condições de infestação artificial. Realizaram-se ensaios sem chance de escolha em casa-de-vegetação, utilizando-se plantas e tubérculos de quatro clones da Embrapa (C2337-06-02, C2337-18-02, C2342-1-02 e C2362-02-02), um clone padrão-resistente (NYL 235-4) e uma cultivar padrão-suscetível (Asterix). Predominaram resultados de suscetibilidade da 'Asterix' e de resistência do 'NYL 235-4' e 'C2342-1-02', tanto na parte aérea como em tubérculos. Evidenciou-se comportamento típico de tolerância de 'NYL 235-4' e 'C2337-06-02' ao ataque do inseto, tanto na parte aérea das plantas como nos tubérculos. Os clones C2337-06-02 e C2362-02-02 manifestaram resistência ao ataque de larvas nos tubérculos. Três clones de batata derivados da espécie silvestre Solanum berthaultii (NYL 235-4, C2337-06-02, C2362-02-02), mesmo sob infestação de D. speciosa, apresentaram caracteres agronômicos determinantes de maior aceitação comercial de tubérculos tais como manutenção de produtividade, formato alongado, película lisa e menor profundidade do olho (gema vegetativa).
Solanum tuberosum; vaquinha; folhas; tubérculos; resistência de plantas.
